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RESUMO DE NOTÍCIAS SOBRE O TABAGISMO E O ALCOOLISMO

DESINFORMAÇÃO NO SENADO: A BALELA DO CIGARRO ELETRÔNICO.

XXI DIA UNIVERSITÁRIO ANTITABAGISMO É COMEMORADO NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

13/11/2023  17:00

 

DESINFORMAÇÃO NO SENADO: A BALELA DO CIGARRO ELETRÔNICO

A indústria do tabaco tem veiculado matérias pagas na imprensa, numa tentativa de reverter, pelo Senado Federal, a não autorização, há 14 anos, do cigarro eletrônico no Brasil. Mas ela mesma se contradiz ao trazer seus argumentos a público.

Numa audiência pública marcada pelo caráter antidemocrático, com o dobro de tempo consentido à indústria do tabaco, e o cerceamento da fala de uma representante da maior autoridade sobre o assunto no Brasil, a ANVISA, a indústria do tabaco escancara seus reais propósitos em relação ao tabagismo no formato de dispositivo eletrônico. Se não, vejamos:

Argumentos da indústria do tabaco: 

"Diga-se, de 3 países, os EUA, Inglaterra e Japão, que a curva de queda de tabagismo versus a subida de vaping é comparável (..) ou seja, quando se introduz o vaping, a tendência é que as pessoas deixem de fumar e migrem" (sic, grifamos).

"A gente precisa de uma regulamentação e uma campanha para impedir que os jovens acessem esses produtos, e, por falar nisso, sabores também precisam ser regulamentados, porque ninguém aqui quer sabor de chocolate, ninguém quer sabor de algodão doce, ninguém quer produto de formato de ursinho de pelúcia, ou formato de, como foi mostrado numa apresentação, formato de cartucho ou coisa parecida" (sic). 

Análise da Amata:

Sem entrar no mérito científico do assunto - leia-se, para tanto, as notícias abaixo -, com efeito, numa tentativa insana de reduzir os altos índices de prevalência do tabagismo em suas populações, conforme dados mundiais de 2019, EUA, com 19,9%, Reino Unido, com 21,7%, e Japão, com 33,4% de fumantes masculinos, realmente apelaram para o cigarro eletrônico. O Brasil, contudo, fez a sua lição de casa, contando, na mesma época, com apenas 10,9% de homens fumantes, tendo sido o país que mais reduziu a quantidade de fumantes no mundo nos 30 anos anteriores, em 72,5% nos homens e 74,7% nas mulheres; não necessitando, portanto, recorrer, ainda que fosse válido - repita-se, leia-se para tanto as notícias abaixo -, à atitude desesperada do uso do vape.

Pelo contrário, foi com políticas científicas corretas, médico-psicológicas e auxílio de medicamentos quando necessário, principalmente a bupropiona, que o Brasil alcançou essa liderança mundial; evitando com que os que cessaram o tabagismo se viciassem em cigarro eletrônico. 

Quanto a dizer que precisamos de uma regulamentação e uma campanha para impedir que os jovens acessem esses produtos, vale lembrar que jamais se conseguiu, em mais de um século, evitar que os jovens acessassem cigarros convencionais. Como realizar isso, agora, em relação ao cigarro eletrônico?

E sobre ninguém querer sabor de chocolate ou de algodão doce, como sói acontecer os porta-vozes dizem uma coisa, mas a indústria do tabaco faz outra; tendo solicitado à Confederação Nacional da Indústria - CNI que ingressasse com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal justamente para barrar a retirada de aditivos nos cigarros pela Resolução Anvisa nº 14/2012. Por que, então, não solicitam à CNI para desistirem de referida ação?

Aliás, diz uma representante do Senado Federal que quer saber quais produtos têm dentro do cigarro eletrônico, mas se esquece de que a indústria do tabaco nunca informou por si própria, inclusive em suas embalagens, quais produtos existem em seu cigarro convencional!

Portanto, caminha o Senado, em mais um terraplanismo, na contramão da orientação da comunidade científica sobre o vape no mundo, de Thedros Adhanom, Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde, à mãe da menina de 12 anos em coma induzido na Inglaterra, passando pelos transplantes de pulmão em menores e a epidemia no vício em nicotina entre os jovens nos EUA, países onde o vape é regulamentado.

É profundamente lamentável ver um Senado tão desinformado - que nada faz em relação a questões de suma importância como a usurpação da segurança pública por milícias, como se vê ocorrendo no Rio de Janeiro -, inconsequentemente podendo periclitar a saúde pública do país em favor de uma indústria da doença e da morte.

Para mais fácil compreensão, disponibilizamos aqui os esclarecimentos sobre esses assuntos prestados pelo Diretor-Geral da Amata na Comemoração do Dia Universitário Antitabagismo, a seguir noticiado.

 

XXI DIA UNIVERSITÁRIO ANTITABAGISMO É COMEMORADO NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Em 06/11/2023, por iniciativa da Nobre Vereadora paulistana Edir Sales, um nome a mais em prol da saúde pública neste país, foi realizado o Seminário em Homenagem ao XXI Dia Universitário Antitabagismo, comemorado no Estado de São Paulo, anualmente, em 30 de setembro, por iniciativa e idealização da Dra. Elizabeth Feres (Crefito/SP).

Digno de nota, dentre a fala de oradores em diversas áreas, as menções do Epidemiologista Dr. Claudio Gonsalez (Instituto Emílio Ribas/SP) sobre já chegar a hora de se acabar com o tabagismo, nos impondo perante a sociedade e tomando providências que impeçam as pessoas de ficarem dependentes da nicotina.

Não deixe de ler, abaixo, as imprescindíveis notícias do bimestre.

Mantenha-se bem informado!

Boa leitura.

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"30 minutos que valem uma vida"

Último comentário da palestra:

@soniasaletelorenzini9285 - Eu em 2023, me preparando para deixar de fumar, comecei com 15 anos, hoje 59 anos e com dpoc

Notícias do bimestre:

17/09/2023 - Migalhas - Sancionada lei de Chapecó/SC que proíbe bebida alcoólica de madrugada, das 2h às 7h


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