A Suprema Corte dos Estados Unidos ouviu, nesta
segunda-feira, as alegações de três fumantes que pretendem processar a empresa
Altria por tê-los enganado, ao classificar seus cigarros como "light", quando
esses, na verdade, não eram menos nocivos para sua saúde do que os demais no
mercado.
Na audiência, os nove juízes
interrogaram os advogados sobre o caso, que pode ter importantes conseqüências
financeiras para as companhias, processadas por vários ex-fumantes, com base na
jurisprudência estabelecida.
Os juízes censuraram o Estado e sua Comissão
Federal do Comércio (FTC, sigla em inglês) por estarem conscientes, há pelo
menos dois anos, de que os cigarros "light" são tão perigosos para a saúde
quanto os outros e por não terem agido em seguida.
"Induziram ao erro
todos aqueles que compram esses cigarros há muito tempo", declarou o juiz Samuel
Alito ao advogado representante do governo de George W. Bush e da FTC, Douglas
Hallward-Driemeier, que tentava apoiar a posição dos três fumantes contra a
Altria.
Apesar dessa polêmica, o caso está centrado, de fato, na
possibilidade de as companhias de cigarro usarem todas as técnicas de marketing
para promover seus produtos.
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