Yahoo! Search
Olá, hyularignes[Sair, Minha conta]


InvestNews

Ao parar de fumar, mantenha a forma

Seg, 06 Out, 07h56

São Paulo, 6 de Outubro de 2008 - Os alimentos parecem ficar mais saborosos. A vontade por doce, que antes era inibida devido à ação da nicotina, começa a ficar mais forte. As sobremesas começam a virar "casos de polícia" de tão tentadoras. É fatal. Quem consegue dizer adeus ao cigarro, engorda. Poucos ou muitos quilos, mas engorda.

PUBLICIDADE

Se os quilinhos extras vão se alojar para sempre no corpo ou se serão uma realidade temporária logo que se põe fim ao vício, vai depender de força de vontade extra de quem já conseguiu o mais difícil: colocar um ponto final na ingestão de nicotina.

Fumar faz com que o metabolismo fique mais acelerado. Com a ausência do tabaco, há maior dificuldade de perder peso. A nicotina tem a capacidade de bloquear alguns sentidos - como o olfato e o paladar. Dar adeus à nicotina aguça novamente a percepção dos aromas e o próprio paladar.

Jaqueline Scholz Issa, cardiologista e coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor-Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, é taxativa. "O ganho de peso não é mito e sim uma realidade", garante a médica. "Se o indivíduo não fizer nada a tendência é o aumento do peso", avisa.

Segundo a especialista, no prazo de cinco anos o fumante terá ganhado, em média, dez quilos. "Para um homem talvez não seja tão evidente, já que a massa e a estrutura óssea masculina são maiores, mas na mulher o aumento é bem mais considerável", comenta Jaqueline.

O pior é que o ganho de peso acaba sendo uma das principais desculpas de fumantes de ambos os sexos para se desistir de vez da empreitada. Afinal, o fantasma da balança amedronta qualquer um. E a saudável resolução de parar de fumar, por s mesma, já é um desafio e tanto, que encontra muitos percalços.

Desistir, não Mudanças de hábito são saudáveis e o fumo um terrível fator de risco que não vale a pena ser preservado apenas em prol da boa forma. Então, o que fazer nestes casos? Desistir, nunca. O fumante precisa ter em mente que não conseguirá parar e manter a forma sem um plano de exercícios e acompanhamento médico. É necessário colocar no "pacote de resoluções antifumo" também a possibilidade de quilos extras. Tendo isso em mente, é fazer prevenção rigorosa contra eles.

Atividades físicas devem ser entendidas como uma das ferramentas do tratamento antifumo. Os pacientes mais novos costumam preferir uma academia e se entregar ao vasto "menu" de exercícios oferecidos por elas. Mas, para aqueles em idade mais avançada, o mais indicado é mesmo a famosa caminhada. "Andar faz bem para qualquer idade. O que pouca gente sabe, no entanto, é que além de saudável, caminhar leva o paciente a perder de 3 a 4 quilos", diz a cardiologista.

A orientação de Jaqueline é começar com uma avaliação de tempo que leve em consideração a quantidade de passos. "Começamos com uma meta e a partir daí vamos aumentando", conta. O aparelhinho, sugestivamente apelidado de "pedômetro" mede a distância exata percorrida, a quantidade de passos e alguns indicam até mesmo as calorias gastas com o exercício. Ela sugere ao paciente a compra para melhor acompanhar a evolução do próprio tratamento. "Mas nada deve ser feito sem orientação clínica", alerta a cardiologista.

A consultora esportiva Stella Krieger tem em sua academia vários alunos que abandonaram de vez o cigarro. "A princípio, o fumante precisa de muita determinação para mudar seus hábitos", destaca ela. A iniciativa deve partir sempre do próprio indivíduo. Para Stella, a possibilidade de ganhar peso é uma das desculpas mais comuns para não se pôr fim ao cigarro.

Quando começa o processo de abstinência que costuma atormentar os fumantes, são normais os chamados "assaltos à geladeira". A vontade de comer é retomada com força - antes, o cigarro inibia o apetite. "O acompanhamento médico, seguido de atividades físicas, ajudam e muito", indica Stella.

Em sua academia, garante a consultora, ela faz um trabalho de avaliação rigorosa, principalmente quando o tratamento envolve medicamentos. "Converso com o profissional da área clínica que prescreveu a receita para poder adequar melhor os exercícios", assegura Stella.

(Gazeta Mercantil - Redação)

RECOMENDE ESTA NOTÍCIA

Minha recomendação:

Média (Not Rated)

0.0 stars

Copyright © 2007 Yahoo!. Todos os direitos reservados.
Privacidade - Termos do Serviço - Direitos Autorais - Precisa de ajuda?