Inor/Ag.
Assmann |
|
números do Ministério
do Desenvolvimento confirmam o recorde de US$
2,2 bilhões em vendas externas em
2007 |
|
As
principais indústrias fuma-geiras do Vale do Rio Pardo
conseguiram, no ano passado, driblar a queda de 8% na
cotação média do dólar perante o real e aumentaram o
volume e o valor das exportações em relação a 2006.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior confirmam o recorde de US$ 2,2 bilhões
anunciado em fevereiro pelo Sindicato da Indústria do
Fumo (Sindifumo) e mostram que os negócios
internacionais das quatro empresas que aparecem entre as
40 maiores do Sul do Brasil cresceram entre 15% e 29%.
Já entre as sete que estão no grupo das 40 maiores
exportadoras do Rio Grande do Sul a variação chega a 93%
na comparação com 2006.
De acordo com o
presidente do Sindifumo, Iro Schünke, o saldo positivo é
resultado da redução dos estoques – o volume passou de
150 mil toneladas no fim de 2006 para 50 mil um ano
depois – e da boa qualidade da safra, que apresentou
níveis equilibrados de nicotina, agradando aos
compradores internacionais. Além disso, a China comprou
– e embarcou tudo até dezembro, ao contrário dos anos
anteriores – mais tabaco. “As empresas tiveram ganho de
preço, mas a principal causa foi mesmo o aumento nas
vendas”, resumiu Schünke, destacando que o volume
exportado cresceu 25% e, o valor em dólares, 28% ao
longo do ano passado.
Diante de uma boa demanda,
com os estoques dentro da média e a possibilidade de até
aumentar o valor das exportações, o Sindifumo avalia que
o momento é de reequilíbrio e já fala em um novo
crescimento na produção, talvez já para a safra
2008/2009. “A tendência é de crescimento”, adiantou
Schünke, sem arriscar um percentual. Na safra que já foi
toda colhida e que agora está em fase de entrega a
estimativa das indústrias é que a produção tenha ficado
em aproximadamente 678 mil toneladas. Até agora 35%
disso já passou pelas esteiras das fábricas, segundo o
Sindifumo. As empresas continuam chamando os safreiros
para o trabalho de beneficiamento.
RANKING
De acordo com o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, a Universal Leaf Tabacos segue como líder nas
exportações de fumo no Sul do Brasil. A empresa, que no
ano passado embarcou US$ 572,3 milhões em tabaco –
15,28% a mais que no ano anterior –, aparece em 10º
lugar no ranking, atrás de gigantes como Bunge, Sadia,
Volkswagen e Renault. A segunda fumageira mais bem
colocada é a Alliance One, em 12º. O valor vendido no
ano passado aumentou 29,21%, chegando a US$ 539,1
milhões. A Souza Cruz aparece na 20ª colocação e a CTA
Continental, na 33ª. O fumo é o terceiro produto da
pauta sul-brasileira de exportações, atrás do complexo
soja e do frango.
Já na lista das 40 empresas
que mais exportaram no Rio Grande do Sul em 2007 –
juntas elas responderam por 61% das vendas do Estado –,
a fumageira mais bem colocada é a Alliance One. A
multinacional está em segundo, com US$ 539,1 milhões,
atrás apenas da Bunge Alimentos. A Universal Leaf, que
há dois anos está exportando mais por Santa Catarina, é
a 11ª na lista, com uma movimentação de US$ 282,6
milhões em 2007 no Estado, um crescimento de 11,87%. A
maior evolução no volume vendido foi registrada pela
ATC, de Santa Cruz: 93,40%. A empresa passou de US$ 38,4
milhões exportados em 2006 para US$ 74,3 milhões no ano
seguinte. No Rio Grande do Sul o tabaco é o segundo
produto mais vendido para outros países – representa
8,48% do total –, perdendo apenas para o complexo soja.
|
O
RANKING DA VENDA EXTERIOR
|
|
.. NO
SUL DO BRASIL POSIÇÃO EMPRESA VALOR
VARIAÇÃO 1º Bunge Alimentos US$ 1,5
bilhão 58,53% 2º Sadia US$ 1,3 bilhão
37,29% 3º Perdigão US$ 1,05 bilhão
42,05% 10º Universal Leaf US$ 572,3 milhões
15,28% 12º Alliance One US$ 539,1 milhões
29,21% 20º Souza Cruz US$ 392,2 milhões
23,61% 33º CTA Continental US$ 230,5 milhões
26,31% .. NO RIO GRANDE DO SUL POSIÇÃO
EMPRESA VALOR VARIAÇÃO 1º Bunge Alimentos
US$ 874,2 milhões 55,46% 2º Alliance One US$
539,1 milhões 29,21% 3º Doux Frangosul US$
533,8 milhões 19,45% 11º Universal Leaf US$
282,6 milhões 11,87% 16º CTA Continental US$
230,5 milhões 26,31% 20º Souza Cruz US$ 170,5
milhões 60,47% 27º KBH&C Tabacos US$ 105
milhões 86,51% 33º Brasfumo US$ 84,5 milhões
29,82% 40º ATC US$ 74,3 milhões
93,40%
FONTE: Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior |
| |