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11/07/2008 - 09h05

Adolescentes proíbem cigarro em centro socioeducativo

Medida foi tomada pelos internos e está em vigor desde 2 de junho, em Caxias do Sul.
Em média, cada interno consumia uma carteira de cigarro por dia.
Do G1, em São Paulo, com informações do ClicRBS* entre em contato
ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
Foto: Nereu de Almeida/Pioneiro/Ag. RBS
Nereu de Almeida/Pioneiro/Ag. RBS
Menores fizeram abaixo-assinado em maio (Foto: Nereu de Almeida/Pioneiro/Ag. RBS)

Internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caxias do Sul (RS) decidiram proibir cigarros buscar nas dependências da unidade. A medida está em vigor desde 2 de junho e está contribuindo para melhorar a convivência entre os adolescentes e os funcionários.

 

Segundo reportagem do jornal "Pioneiro", em um primeiro momento, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), responsável pelo Case, temeu que a proibição do cigarro pudesse incentivar brigas ou rebeliões, mas isso não aconteceu.

 

Em maio, duas folhas de caderno circularam entre os rapazes. Dos 81 internos que cumpriam medidas no período, 67 concordaram em proibir o fumo e escreveram seus nomes à caneta. Em 1º de junho, os menores consumiram os últimos cigarros e o abaixo-assinado foi entregue à diretoria. "Posso dizer que foi um dos momentos mais marcantes na história da casa", disse o diretor do Case, Joel Schumann.

Os menores deixaram de fumar e funcionários aderiram à causa. Apenas alguns deles fumam no lado externo da instituição. Agora, em vez de brasas acesas e do cheiro da nicotina, são balas de hortelã que circulam nos corredores.

 

A iniciativa poderá ser colocada em prática em outras unidades da Fase. Neste fim de semana, o secretário estadual da Justiça e do Desenvolvimento Social, Fernando Schüler, e o presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), Irany Bernardes de Souza, visitarão o Case para conhecer o projeto.

    

 Idéia

Um monitor da unidade, o professor de capoeira José Luís Borges Lyrio, o Todinho, 42 anos, teve a idéia de incentivar os internos a deixarem de fumar. Desde janeiro, ele conversava com os adolescentes sobre esse assunto. A iniciativa não é inédita e foi tentada sem sucesso por diversos profissionais desde a inauguração do Case, em 1998. Dessa vez, rapazes que mais consumiam cigarros e servidores da área de Saúde reforçaram a "campanha".

 

"Expliquei que o gosto do refrigerante e da comida é diferente quando não se fuma. Pedi a eles se queriam parar gradativamente, mas optaram por ser de uma vez só", contou o professor.

 

O diretor Joel Schumann diz que a situação estava se agravando por causa do frio. Todos os dias, os enfermeiros eram procurados por menores acometidos de doenças agravadas pelo cigarro. Além disso, os profissionais também tinham consciência de que o fumo era pretexto para o consumo de drogas nas celas e as famílias acabavam gastando bastante para manter o vício dos jovens. Em média, cada interno consumia uma carteira de cigarro por dia.

 

*(Com informações do jornal Pioneiro)

 

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