Bauru e grande região - Sábado, 29 de Novembro de 2008  
28/11/2008
Cigarro: 1,7 milhão de maços triturados
Cerca de 38 toneladas de produtos falsificados apreendidos desde o ano passado foram processadas e jogadas no aterro sanitário
Tisa Moraes
A Delegacia da Receita Federal (DRF) de Bauru encerrou ontem o processo de destruição de cerca de 1,7 milhão de maços de cigarros falsificados, que foram apreendidos pelo órgão entre 2007 e 2008. O montante, equivalente a 38 toneladas de tabaco, foi destruído com a utilização de uma moderna trituradora que reduziu o material a uma montanha de minúsculos fragmentos. A mercadoria, se comercializada no mercado clandestino, atingiria valor superior a R$ 1,5 milhão.

A operação, realizada durante a última semana no aterro sanitário da cidade, só pôde ser anunciada no último dia por motivo de segurança, conforme explica o analista tributário Claudinei Cincotto Soares, membro da Comissão de Destruição de Mercadorias da DRF. “Não podíamos divulgar nada antes para evitar qualquer tentativa de resgate dessa mercadoria”, frisa.

Segundo ele, esta é a primeira vez que a delegacia faz uso de uma trituradora para destruir esse tipo de produto. Antes, o material costumava ser incinerado em usinas de cana-de-açúcar da região. “Ficamos sabendo da existência dessa máquina quando foi feita uma destruição de cigarros em Presidente Prudente. Então, resolvemos pedir a vinda dela para Bauru”, observa.

Como se trata de um empréstimo concedido pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), o uso da máquina não representou nenhum custo para a DRF. No entanto, o órgão terá de pagar R$ 2.762,22 à Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb) pelas 38 toneladas de lixo produzido no aterro. Depois de encerrado o processo de trituração, a montanha de cigarros picotados será compactada e coberta com terra, de acordo com os procedimentos adotados pela própria Emdurb.

De acordo com Soares, a idéia é que a trituradora da ABCF passe a ser trazida a Bauru pelo menos duas vezes ao ano, para que as mercadorias apreendidas pela delegacia não fiquem por muito tempo guardadas em depósito.
 
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