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12/01/09 - 10h37 - Atualizado em 12/01/09 - 10h37

Cigarro com 'baixos teores' pode ter nível elevado de nicotina

Informação vem de documentos dos próprios fabricantes de cigarros.
Pressões diferentes de tragada acabam igualando nível de substâncias.

Luis Fernando Correia Especial para o G1

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Usar uma marca de cigarros com baixos teores não garante menores níveis de nicotina e alcatrão aos usuários. Essa descoberta faz parte de informações da própria indústria de cigarros e está disponível ao público a partir de um processo judicial nos Estados Unidos.

 

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Para entender isso, precisamos antes conhecer como são dosadas as substâncias presentes na fumaça do cigarro para serem classificados como de baixos teores. Foram estabelecidos padrões internacionais para a nicotina, alcatrão e gás carbônico liberados na fumaça do cigarro. Uma máquina de fumar realiza tragadas de forma controlada e mede as concentrações de tóxicos na fumaça liberada.

O que as fábricas descobriram foi que os cigarros fumados na máquina liberam baixos teores de nicotina e alcatrão. Porém, quando usados por fumantes humanos, oferecem quantidades em média 50% maiores dessas substâncias. O que determina essa diferença é a elasticidade do cigarro ao ser submetido à pressões diferentes de tragada. 

Força na tragada

A problema para os fumantes está na observação de dois aspectos do comportamento dos tabagistas. Fumantes regulares, ao usar marcas com menos nicotina, mudam seu padrão de tragadas, ou seja, puxando o ar mais forte e mais frequentemente. A profundidade da tragada e sua freqüência mudam para manter o mesmo nível de nicotina no sangue ao que o usuário está habituado.

A descoberta, realizada pelas próprias companhias de cigarros, traz implicações éticas importantes. Ao mudar para o que acredita ser uma marca de cigarro com baixos teores, um fumante pode adiar sua decisão de parar de fumar e na verdade continuar a receber a mesma carga de produtos químicos. 
 

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

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