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Quer parar. Frederico Campos ainda não conseguiu deixar o vício.

FOTO: Alex De Jesus
Quer parar. Frederico Campos ainda não conseguiu deixar o vício.
Precário. Dos 146 postos de saúde em Belo Horizonte, apenas dois atendem tabagistas pelo SUS
Faltam tratamentos gratuitos para fumantes
Realidade no resto do país não é diferente: somente 10% das cidades brasileiras têm tratamento gratuito
Patricia Giudice
Quem precisa parar de fumar e busca um tratamento gratuito em Belo Horizonte infelizmente não tem muito êxito. Isso porque dos 146 postos de saúde da rede municipal, apenas dois oferecem efetivamente o acompanhamento aos fumantes previsto no Programa Nacional de Controle do Tabagismo, do Ministério da Saúde. A prefeitura da capital deu o passo mais importante, que foi aderir ao programa, mas ainda não conseguiu avançar a ponto de atender todos que precisam. A última pesquisa feita pelo ministério, por meio do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), apontou que 19,3% da população belo-horizontina é fumante, ou seja, mais de 400 mil pessoas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 18 postos foram capacitados para oferecer o tratamento gratuito. Desses, apenas cinco começaram a realizar o atendimento e as reuniões previstas, mesmo assim, alguns de forma precária.

De acordo com apurações feitas na última semana pela reportagem de O TEMPO, o programa foi suspenso no centro de saúde do bairro Providência e interrompido nos postos do Ribeiro de Abreu - porque a médica responsável está de férias - e do bairro Pilar, no qual o grupo atendido aguarda a chegada da medicação para que as reuniões recomecem. Apenas no posto Tia Amância, que fica na Regional Centro-Sul, e no Cícero Idelfonso, na região Oeste, o tratamento está ocorrendo. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que a realidade da capital mineira reflete o mesmo descaso observado em todo o país. No Brasil, são 465 municípios cadastrados para oferecer o tratamento, em 811 unidades. O universo significa menos de 10% das 5.552 cidades brasileiras. O apoio gratuito ao fumante ocorre desde 2002. Em 2004, a partir da portaria nº 1.035 do Ministério da Saúde, o programa foi ampliado para toda a rede de atenção básica e de média complexidade pelo SUS.

"Antes ficava restrito aos hospitais especializados. Através do programa, qualquer município pode se habilitar a tratar os fumantes", afirmou a técnica Cleide Regina da Silva Carvalho, da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca. Para isso, a prefeitura precisa capacitar os profissionais de saúde, o que é feito pelas secretarias de Estado, proibir o fumo nos ambientes de saúde e ter locais para os atendimentos em grupo e individual. Para o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, Antônio Carlos Figueiredo Nardi, o principal obstáculo para a implantação do programa nacional está nos recursos humanos. Segundo Nardi, o sucesso do tratamento depende, além do paciente, de mão de obra do município. Ele estima que a implantação do programa em apenas um posto de saúde custe entre R$ 8.000 e R$ 10 mil mensais para o SUS. "Não tenho a menor dúvida de que todos os malefícios causados pelo cigarro são muito mais onerosos do que o tratamento.






Intenção
BH deve ter novas equipes no segundo semestre deste ano
No segundo semestre, a Secretaria Municipal de Saúde deve rever as 18 equipes que foram montadas e qualificadas para oferecer o tratamento antitabagista pelo SUS em Belo Horizonte. A informação foi dada pela coordenadora de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso, Maria Cecília Rajão. "Combater o tabagismo é uma prioridade. Vivemos momentos difíceis que acabaram atrapalhando o desenvolvimento do programa, como o combate à rubéola e à dengue. Mas estamos prontos para rever isso, buscar as equipes incompletas e organizar novo treinamento."

Frederico de Campos, 54, chegou ao centro de saúde Tia Amância, no bairro Coração de Jesus, para tratar a hipertensão. Mas atrás do problema dele está o consumo de mais de um maço de cigarros por dia. Na primeira consulta, ele foi mais do que aconselhado a parar de fumar. "A médica disse que eu tenho que parar de qualquer jeito, e ontem", brincou. Ele ainda não conseguiu atingir a meta e contou que já teve doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e infarto por causa do cigarro. (PG)


Vida nova. Maria de Jesus parou de fumar e hoje guarda na poupança o dinheiro do cigarro que compraria

FOTO: Alex De Jesus
Vida nova. Maria de Jesus parou de fumar e hoje guarda na poupança o dinheiro do cigarro que compraria
Sem cigarro
Quem consegue se tratar pelo SUS agradece pela vida nova
Já são seis meses sem fumar e a agente sanitária Maria de Jesus Gonçalves, 47, está firme na decisão que tomou. Mesmo sendo restrito, o tratamento já existente nos postos de saúde da capital é capaz de mudar vidas, como mudou a dela. Para que o apoio fosse implantado no centro de saúde Tia Amância, que fica no bairro Coração de Jesus, região Centro-Sul da cidade, os próprios funcionários fumantes serviram de “cobaias”. Maria de Jesus era uma delas. Após largar o vício, a maior alegria que tem é poder abraçar o filho de 14 anos. “Antes, quando eu ia abraçá-lo, ele reclamava do cheiro de cigarro. Não gostava nem de ir comprar para mim”, afirmou. Maria fumava desde os 18 anos e o resultado disso foi um cisto em uma das mamas que não parou de crescer nem com cirurgias. “Se não fosse o tratamento, estaria fumando até hoje”, disse. Para compensar o dinheiro perdido, Maria de Jesus abriu uma poupança em que deposita mensalmente o valor que estaria gastando com o cigarro. “Eram R$ 2,60 todos os dias e mais ainda no fim de semana.

Em um ano terei cerca de R$ 1.200, que vou juntar para comprar minha casa.” A médica Valéria Bossi Simão é quem acompanha os pacientes do posto. Segundo ela, somente na área de atendimento do centro de saúde, que abrange seis bairros, a estimativa é de que existam 3.000 fumantes querendo largar o vício. “Conseguimos que o posto de saúde ficasse 100% livre do tabaco e começamos a implantar o programa com os funcionários que fumavam (5). Como não são todos os centros que têm, infelizmente não temos como atender a cidade inteira”, informou. Valéria alerta que, apesar do tratamento não ser oferecido em toda a cidade, empresas podem implantar e incentivar que seus funcionários parem de fumar. “Quem fuma adoece mais facilmente e trabalha menos por parar a tarefa para fumar”, afirmou. O tratamento oferecido pelo SUS consiste em sessões de terapia cognitivo-comportamental, consultas médicas e, se necessário, são prescritos medicamentos entregues gratuitamente. A terapia é feita em grupos de 10 a 15 pessoas e tem duração de um ano. Os remédios oferecidos pelo SUS são gomas, adesivos transdérmicos e bupropiona, que injetam nicotina no organismo. (PG)

Onde é oferecido o tratamento antitabagismo em BH

Hospital Belo Horizonte
Curso “Como parar de fumar”, com três dias de duração, no horário de
19h30 às 21h. Inscrições custam R$ 30 e começam amanhã pelo (31) 3444-5750.

Associação para a Prevenção do Abuso de Drogas - Abraço Tratamento de três meses custa R$ 450 divididos em três parcelas. Interessado deve ir à avenida do Contorno, 4.777, Serra. Próximo grupo começa em junho.

Unimed-BH
Plano de saúde oferece tratamento através do Programa de Cessação do Tabagismo. Quem for cliente Unimed deve ligar no 0800 303003 e agendar.

Credeq
Tratamento de seis meses. É preciso fazer avaliação socio econômica para saber
o valor a ser pago. Informações pelo (31) 3082-2726.



Publicado em: 26/04/2009



 
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