A safra de fumo
2007/2008 deverá ter diminuição de 10% em relação à
safra passada. A estimativa neste momento é que a
colheita seja de no máximo 670 mil toneladas no país. A
previsão é do coordenador geral da Fetraf-Sul, Altemir
Tortelli, que justifica esse número com a redução nos
últimos dois anos de plantio de tabaco em pelo menos 75
mil hectares nos três estados do Sul. “Estamos
comemorando porque desenvolvemos todo um trabalho de
diversificação nas propriedades rurais. Queremos que os
agricultores familiares plantem menos fumo e busquem
alternativas a essa produção”, destaca Tortelli. A
previsão inicial é a colheita de 5,7 milhões de
toneladas de fumo no Mundo e se a colheita ficar abaixo
dessa estimativa é possível haver baixa de estoque e
disputa pelo fumo brasileiro, principalmente se as
condições climáticas não forem boas nas demais regiões
que produzem fumo. O Brasil hoje é o segundo maior
produtor e maior exportador de fumo no mundo. 85% da
produção brasileira de tabaco é exportada. “Por trás
dessa realidade está o trabalho de 200 mil famílias de
agricultores familiares, que recebem apenas 19,90% da
renda produzida pelo seu trabalho”, afirma Tortelli.
“Acreditamos que o agricultor familiar não pode ficar
refém das grandes indústrias e neste momento, com a
adesão do Brasil à convenção-quadro, defendemos a
formação de uma cooperativa de fumicultores nos três
estados do Sul, visando implementar o Programa Nacional
de Diversificação das áreas cultivadas com fumo
desenvolvido pelo governo federal”,
finaliza.
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