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29/05/2007
- 14h33 Espaços 100% livres de fumaça são a aposta da
OMS para o Dia Mundial sem Tabaco
Por Aude Marcovitch=(FOTOS)= GENEBRA,
29 mai (AFP) - "Sem fumaça no interior" é o slogan escolhido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Dia Mundial sem Tabaco,
celebrado na próxima quinta-feira, com a finalidade de fomentar os
"espaços 100% livres de fumaça".
"Convido todos os países que ainda
não o fizeram a agir sem mais demora para proteger a saúde de todos,
adotando leis que exijam que todos os locais públicos fechados e de
trabalho sejam 100% livres de fumaça", disse nesta terça-feira, em
Genebra, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
A organização
avalia em 200.000 o número de funcionários que morrem anualmente no mundo
devido ao fumo passivo no local de trabalho. Na União Européia, 80.000
pessoas teriam morrido em 2002 por ficar expostas à fumaça
alheia.
Setecentos milhões de crianças, ou seja, a metade da
população infantil mundial, respiram fumaça de cigarro, sobretudo em
casa.
Em 2004, a Irlanda se tornou o primeiro país do mundo a
proibir o fumo em espaços públicos fechados. Noruega, Nova Zelândia,
Itália e Uruguai seguiram, sucessivamente, o exemplo
irlandês.
Segundo a OMS, estas experiências foram bem
sucedidas.
"As leis antitabaco estritas melhoram a saúde, reduzem o
consumo de tabaco, têm uma boa acolhida tanto entre não-fumantes quanto em
fumantes e não trazem nenhum impacto econômico negativo", destacou a
organização em um comunicado.
A idéia de que a proibição ao fumo
leva à perda de clientes em restaurantes e bares é um "mito", defendeu a
OMS. "Os estudos demonstram que o volume de negócios e mantém ou aumenta
após instalados espaços para não-fumantes", continuou a nota.
Por
outro lado, "nem a ventilação, nem a filtração do ar conseguem reduzir a
exposição à fumaça no interior dos locais a níveis considerados
aceitáveis", disse Armando Peruga, coordenador da iniciativa Por um Mundo
sem Tabaco, da OMS.
Uma consulta internacional feita com estudantes
de 13 a 15 anos mostrou que 76,1% apóiam a proibição do tabaco nos locais
públicos.
A pesquisa, feita em 132 países pela OMS e por Centros de
Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, destacou ainda que
43,9% deste grupo estão expostos à fumaça passiva em suas casas, e 55,8%,
em locais públicos.
A única solução para proteger a saúde de todos,
insistiu a OMS, é a imposição de legislações antitabaco.
Por este
motivo, a organização estimulou os países a ratificar seu Convênio-marco
para a luta antitabaco, adotado em 2003 e em vigor desde fevereiro de
2005.
Até hoje, mais de uma centena de países aderiu ao tratado,
que propõe medidas como aumentar os impostos sobre os produtos do tabaco,
proibir sua publicidade e imprimir mensagens visíveis nos maços de cigarro
sobre seus efeitos nocivos.
Em 2005, o tabaco causou 5,4 milhões de
mortes, segundo a OMS, que calculou ainda que entre o 1,3 bilhão de
fumantes do planeta, 650 milhões morrerão em conseqüência do
vício.
Oitenta e quatro por cento das pessoas que fumam vivem em
países em desenvolvimento ou emergentes.
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